Um voluntário.

Um voluntário.
Duas palavras que me travam na aula .
Aquela aula de interpretação onde tudo é novidade,você absorve tudo que dizem e imagina..
de repente, meio que interrompendo seu raciocínio, a professora diz:

Um voluntário!
Ato reflexo..meu olhar ja vai na direção oposta.
(é bom perceber que todos fazem a mesma coisa, me sinto melhor!)

O desconhecido gera medo.
Serei voluntária de algo que nem sei o que vou fazer?E se não fizer certo?

E qual o problema de não fazer certo?

Segundo exercício.
Terceiro exercício.
Um voluntário!

Não pensei muito , fui no impulso.
Impulso é vida.

Realmente não fiz o exercicio corretamente. Era para narrar uma a história através do olhar e compartilhar com a platéia; gerar um distanciamento. Acabei me incorporando na história como personagem.Acontece;pelos erros, chega-se aos acertos.

Bravo Chá verde.

Desde que comecei a fazer teatro, passei a observar mais; até como exercício. Pessoas, cores,objetos, reações..tudo é importante na atividade criadora.
O belo e o seu oposto.
o Mar.. tão lindo em toda a sua extensão de vida e também capaz de causar tantas mortes.
E o Maracujá?Quando o abrimos ele é cheio daquela "gosma amarela" com bolinhas negras..adoro suco de maracujá, mas toda vez que o abro, tenho a sensação de ver vários micro- embriões.
Agora o mais novo objeto de minhas observações foi o chá verde.
O chá verde, que na verdade não é tão verde assim, sua infusão acarreta uma cor meio amarronzada, verde lodo, não sei ao certo.Tem um péssimo gosto, mas contém vários benefícios; é antioxidante, diurético e dizem que diminui o apetite(também, com aquele gosto, depois de beber, perde-se a vontade de comer qualquer coisa!)
Comecei a lhe dar uma vida.Uma vida capaz de tocar minhas emoções.

Chá verde era um jovem muito tímido, vivia em crise; não sabia se era verde ou marrom.Estava prestes a entrar em extinção; afinal todas as modelos o procuravam pra conservar o manequim.
No amor,era infeliz. Sempre fora apaixonado pela Camomila, mas esta só queria saber do seu primo, o Chá mate.
A mãe do Chá verde, a Sidreira, muito preocupada, levou-o para o psicólogo;Dr. Boldo.
Este aconselhou Chá verde para tomar sol, sentir o que a natureza tem de bom a oferecer-lhe.
Chá verde foi tomar sol, no entando,ficou azul..
Aborrecido, pois agora não sabia se era verde, marrom ou azul, enlouqueceu de vez! Saiu de casa e foi ganhar o mundo,mesmo correndo perigo com caça indiscriminada á sua espécie e com as modelos predadoras.
Ele queria ser feliz.
Bravo Chá verde.

Tédio

Em uma tarde qualquer, onde inúmeras atividades bem mais embasadas intelectualmente poderiam ser realizadas, um estudante de comunicação e uma estudante de teatro conversam através de um programa de mensagens instantâneas.

- Pois é... Tá quente né?
- Não. Não muito.
- Pois tô achando. Deve ser o aquecimento global. Tá na moda, né?
- Super tendência!
- Outra coisa que também é tendência é gordura trans.
- Transexuais? Aff... é viado demais no mundo. Chega!
- E num é?!- Existe até gordura com orientação sexual!
- Mas estão diminuindo. Todo pacote de alguma coisa tem assim: sem gordura trans. Até na batata frita do MC Donalds.
- Nossa! Então, já é um caso de discriminação
-Chato né?

Hoje começa meu primeiro dia de aula no cursinho preparatório para concurso público(emocionante não?). Sinto-me rendida aos interesses capitalistas e com um passo mais longe dos palcos.
Estou empolgada, é o primeiro dia. Não conheço ninguem, aí fico aqui na minha, calada, apenas observando(o que é muito dificil para mim, visto que eu sou uma pessoa dotada de uma grande capacidade de comunicação; ou seja, eu falo demais!).Fico pensando mil coisas..não sei como é o professor, não sei como é nada.
Na minha sala tem uma senhora loira com detalhes cintilantes na blusa, na calça, no tamanco e até no batom, tem outra que tem cara de que manda fita para o BBB a cada edição, outro senhor que parece diretor de colégio e outro, representante de biscoito recheado. Tem uma senhora com cara de tia que faz bordado bem do meu lado e não pára de falar. Ela olhou para mim e disse; olha,tão novinha e tão bonitinha, ja esta estudando..muito bem!(como assim "ja esta estudando??E eu fiz o quê a minha vida toda?).
Há uma menina, da minha idade mais ou menos, muito bonita, alta. Enquanto estão todos lendo mil leis antes de começar a aula, ela lê revista de moda. Será que que ela queria ser modelo e se rendeu aos interesses capitalistas e ficou um passo mais longe das passarelas?

O professor chegou.
Ele parece o Elvis Presley.

If you're looking for trouble
You came to the right place..

Brasília

Brasília,
Do ostracismo à materialização dos desejos.
Com suas "Ws" e "Ls"..e a contradição entre números previsíveis e vida; vazios verdes.
Lindos prédios;nossos. O poder que os ocupa;inacessível, para nós.
Na indecisão climática, pessoas com esperança, trabalho; herança de um Brasil todo em busca de algo melhor no lugar feito pela mão do homem. Tudo foi planejado;mas os sonhos, esses não.

Brasília ,vista do céu são vários "quadrados".
Cidade idealizada.
E nesses "quadrados" deixei boa parte do meu coração.

testes reflexivos

Nada para fazer na internet.. me peguei fazendo teste de quem eu sou no BBB7 (que ponto cheguei)
Advinhem quem eu sou no BBB7?a Bruna!!!
Como assim? E o pior é que um teste tão idiota desse me fez ficar pensando o dia todo..
Bom,ela é muito sensível, eu também.
ela tem cabelos desbotados, eu também..
ela é muito ansiosa e come muuito..é..eu também.
Será que ela sempre namora vilões?Bom,no meu caso eles só viram vilões depois que o namoro acaba, normal,não?
ela é muito chatinha!!
e eu? Não.
ou sou?
ai...eu sou?

Acho que o próximo teste vai ser; Que cantora pop eu sou.. deve ser tão profundo quanto o do BBB..

No fim tudo vai dar certo..será?

Bem,voltei a ter computador e internet..enfim..
mas continuo sem tempo..
minha amiga vai embora pra Brasília..
continuo sem tempo
Parei de trabalhar,mas mesmo assim..
sem tempo
eu...
tempo


Minha prova da cadeira de interpretação I é Quarta feira..
tempo...medo..insegurança..

momento reflexivo de profunda busca de si mesmo..
Pra que diabos eu inventei de fazer teatro?